O Caniçal é uma vila piscatória, onde desde longa data predomina a pesca dos tunídeos e onde se encontra enraizado todo o envolvimento faunístico associado à pratica do sector.
O seu nome deriva da abundância de canas esquias (caniços) que habitavam na zona mais árida da Ilha da Madeira, sendo outrora, um dos instrumentos de referência para a principal atividade socioeconómica da localidade: a pesca.
Para recordar as raízes culturais e socioeconómicas da população da freguesia do Caniçal, o Museu da Baleia reúne o legado histórico em torno dos cetáceos e da vida marinha da população da Madeira.
Hoje em dia, a freguesia do Caniçal é a referencia ao nível regional e nacional na prática de caça dos tunídeos, símbolo gastronómico da Ilha da Madeira, estando inclusive sedeados os principais armadores regionais, que, além de abastecerem o mercado regional, exportam grande parte da atividade coletora para Portugal continental, Europa, Austrália, China, Japão e Venezuela (onde reside um grande contingente de emigrantes madeirenses).
A Ponta de São Lourenço, do ponto de vista turístico, é sem dúvida a maior referência local e um verdadeiro ponto de atração ao nível regional. Grande parte dos visitantes que se deslocam à Madeira, visitam e percorrem a Ponta de São Lourenço, sendo a nível paisagístico um verdadeiro culto geológico e natural, com cenários impares que transparecem o recorte da península, as baias recônditas e as praias de areia natural derivada do basalto, contribuindo para o mistério envolvente deste local.
É na freguesia do Caniçal que está situada a Zona Franca da Madeira gerida pela Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, que tem igualmente à sua responsabilidade o Registo Internacional de Navios – MAR e os Serviços Internacionais. A Zona Franca da Madeira é um instrumento de desenvolvimento económico único em Portugal, com regime próprio de benefícios fiscais, que tem contribuído para que a Madeira seja na Europa, uma referência na captação de investimento e capitais, essencialmente estrangeiros.